A Justiça do amanhã - Júnior Gurgel ( * )
Meus avós sempre me advertiram sobre o dia do amanhã. Enfatizavam esta lição ensinando-me para sempre me acautelar daquilo que pensava, julgava, dizia ou praticava. Estavam certos. Nos encontros e desencontros desta vida, aprendemos que o homem é escravo do que fala e senhor do que cala. Por longos 20 anos, o ex-governador Wilson Braga foi vítima da mais insidiosa e odienta das campanhas difamatórias, levadas a efeito de forma sistemática, com um único propósito: envolver criminalmente o seu nome e o da sua esposa, ex-deputada Lúcia Braga, num insólito processo, onde bissextamente eram submetidos ao juízo popular, de maneira perversa e parcial. Nem a Justiça dos homens, respaldada nos seus tribunais e suas instâncias superiores, foi capaz de conter a sanha peçonhenta destes seus inimigos gratuitos.
Como a justiça de Deus pertence ao amanhã e os cristãos costumam afirmar que ela tarda, porém não falha, em 2006, estes danos começaram a ser reparados. Distante da Paraíba, vibramos com a volta à Câmara dos Deputados dos inocentados Ibsen Pinheiro e Alceni Guerra. Ninguém pode avaliar o sofrimento desses dois homens públicos, em pagar por crimes que nunca cometeram. Vítimas da calúnia, sem direito à resposta nem à defesa, receberam de um júri singular, promovido pela mídia nacional, uma condenação de improbidade, tendo como sentença o ostracismo. A pena a ser paga foi a nódoa que mancharia para sempre suas personalidades políticas, contagiando hereditariamente, a partir de então, todos seus descendentes e gerações futuras. Somente o remorso, seguido de confissão do verdugo que arquitetou tudo isso os salvou do fogo eterno.
Na Paraíba é chegada a hora da verdade. Para permanecer no Senado da República, e desfrutar do status e prestígio do cargo que jamais sonhou alcançar, o suplente de senador do candidato ao Governo do Estado José Maranhão terá que suplicar o apoio do casal Wilson Braga. Ao fazer isso, prova que a mentira, por mais longe que tenha ido, tem pernas curtas. A verdade virá à tona. Para alguém que recentemente deixou o PMDB alegando ser impossível tolerar ao seu lado a presença do deputado federal Wilson Braga, hoje deve reconhecer tardiamente que a ausência deste em seu palanque o destronará da cadeira que ora ocupa no Congresso Nacional.
A sentença é divina. Se o deputado federal Wilson Braga aceitar ombrear-se ao lado do suplente de senador de José Maranhão, será réu confesso e perderá o respeito de todos que o defenderam e ao seu lado sofreram durante estes longos 20 anos, estigmatizados e rotulados como “Braguistas”. Premiar com o mandato de senador da República quem o usurpou por duas vezes do direito de voltar ao Governo do Estado e ao Senado Federal é o mesmo que beijar o chicote que impiedosamente durante todo este tempo lhe bateu. O que dirão Marcelo Braga e Mariana a seus filhos? Que seus avós estavam certos ou errados? Este legado, na posteridade, regerá o futuro de todos os descendentes da semente que o casal Braga deixou plantada, para florescer em nossa terra.
E quanto ao suplente? Se este não impedir a presença do deputado federal Wilson Braga em seu palanque, provará a toda a Paraíba que mentiu o tempo inteiro. Construiu sua vida de sucesso e seu megaimpério de comunicações usando o sarcófago de um inocente, num velório permanente e insepulto, de uma vítima que já merece o descanso eterno.
Este desabafo é um manifesto em nome de todos os amigos, admiradores e fiéis seguidores de Wilson Braga. Os que aqui, vivos ainda estão, e em memória daqueles que partiram, antes da chegada deste glorioso momento.
(*) Jornalista
Como a justiça de Deus pertence ao amanhã e os cristãos costumam afirmar que ela tarda, porém não falha, em 2006, estes danos começaram a ser reparados. Distante da Paraíba, vibramos com a volta à Câmara dos Deputados dos inocentados Ibsen Pinheiro e Alceni Guerra. Ninguém pode avaliar o sofrimento desses dois homens públicos, em pagar por crimes que nunca cometeram. Vítimas da calúnia, sem direito à resposta nem à defesa, receberam de um júri singular, promovido pela mídia nacional, uma condenação de improbidade, tendo como sentença o ostracismo. A pena a ser paga foi a nódoa que mancharia para sempre suas personalidades políticas, contagiando hereditariamente, a partir de então, todos seus descendentes e gerações futuras. Somente o remorso, seguido de confissão do verdugo que arquitetou tudo isso os salvou do fogo eterno.
Na Paraíba é chegada a hora da verdade. Para permanecer no Senado da República, e desfrutar do status e prestígio do cargo que jamais sonhou alcançar, o suplente de senador do candidato ao Governo do Estado José Maranhão terá que suplicar o apoio do casal Wilson Braga. Ao fazer isso, prova que a mentira, por mais longe que tenha ido, tem pernas curtas. A verdade virá à tona. Para alguém que recentemente deixou o PMDB alegando ser impossível tolerar ao seu lado a presença do deputado federal Wilson Braga, hoje deve reconhecer tardiamente que a ausência deste em seu palanque o destronará da cadeira que ora ocupa no Congresso Nacional.
A sentença é divina. Se o deputado federal Wilson Braga aceitar ombrear-se ao lado do suplente de senador de José Maranhão, será réu confesso e perderá o respeito de todos que o defenderam e ao seu lado sofreram durante estes longos 20 anos, estigmatizados e rotulados como “Braguistas”. Premiar com o mandato de senador da República quem o usurpou por duas vezes do direito de voltar ao Governo do Estado e ao Senado Federal é o mesmo que beijar o chicote que impiedosamente durante todo este tempo lhe bateu. O que dirão Marcelo Braga e Mariana a seus filhos? Que seus avós estavam certos ou errados? Este legado, na posteridade, regerá o futuro de todos os descendentes da semente que o casal Braga deixou plantada, para florescer em nossa terra.
E quanto ao suplente? Se este não impedir a presença do deputado federal Wilson Braga em seu palanque, provará a toda a Paraíba que mentiu o tempo inteiro. Construiu sua vida de sucesso e seu megaimpério de comunicações usando o sarcófago de um inocente, num velório permanente e insepulto, de uma vítima que já merece o descanso eterno.
Este desabafo é um manifesto em nome de todos os amigos, admiradores e fiéis seguidores de Wilson Braga. Os que aqui, vivos ainda estão, e em memória daqueles que partiram, antes da chegada deste glorioso momento.
(*) Jornalista
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