FERNANDO CALDEIRA - A IMPRENSA COMO TRAMPOLIM!

Não é de hoje que um determinado ‘sistema de comunicação’, de todos conhecido, utiliza-se da imprensa. E o verbo utilizar, aqui empregado, é no sentido literal da palavra: “aproveitar; valer-se de; usar; tirar utilidade de; ganhar; lucrar; servir-se, etc...”
Quero dizer, portanto, o que toda a Paraíba já sabe: esse ‘sistema’ que perdeu a ética e só age com paixão partidária e financeira, é o mesmo que por inúmeras vezes tachou Wilson Leite Braga de mandante do crime de Paulo Brandão. Quem não sabe disso neste Estado? Só desistiram da perseguição midiática por ordem da Justiça da Paraíba, que não viu ligação do ex-governador com o ocorrido!
Quando acuado pelas verdades explicitadas, como no guia eleitoral do candidato Cássio Cunha Lima na última terça-feira (17), o ‘sistema’ publica notas falando em “bom jornalismo”, em “jornalismo plural”, e outras coisas que ele nunca praticou. É só mistificação!
Na verdade, e já é mais do que hora de todos saberem, aquele ‘sistema’ tem a imprensa apenas como trampolim. Trampolim financeiro, como se viu na chamada CPI do Correio, e trampolim eleitoral, como se vê agora.
Ora, meus amigos, o dono, o proprietário do tal ‘sistema’ é o suplente de senador do candidato José Maranhão (PMDB), e que está no exercício do mandato, com a licença deste último. Significa dizer que, eleito Maranhão, o sr. Roberto Cavalcanti ascenderá à condição de senador titular por mais quatro anos. Sem participar de qualquer campanha e, pior, sem um voto sequer dos paraibanos!
Talvez isso explique à Paraíba por que essa verdadeira campanha difamatória desse ‘sistema’ contra o candidato Cássio e seu governo.
Aliás, a campanha que o ‘sistema’ faz, pode ser considerado um guia eleitoral extra do candidato do PMDB que, repito, eleito, cede sua vaga ao dono do ‘sistema’.
Tanto isso é verdade que o Tribunal Regional Eleitoral já aplicou inúmeras multas no ‘sistema’ e, nos últimos dias, tirou a sua TV do ar por 24 horas por desrespeito à legislação eleitoral!
Infelizmente, essa utilização irresponsável da imprensa encontra guarida de entidades da classe que deveriam a ela se rebelar para poderem se dizer dela defensoras. Afinal de contas, a liberdade de imprensa é coisa muito séria para ser misturada a essa bandalheira informativa praticada pelo ‘sistema’.
Liberdade, como diz o Aurélio, é “independência”; “autonomia”; “ausência de toda opressão considerada anormal, ilegítima, imoral”, enquanto bandalheira, ainda segundo aquele mestre é: “pouca vergonha”; “patifaria.”
Sem medo de cometer injustiça, o que aquele ‘sistema’ faz não pode ser chamado de liberdade, mas de bandalheira!

SOLTAS

# por falar no tal ‘sistema’, e na prática vergonhosa que ele utiliza, lembrei-me de um trecho de um discurso do grande brasileiro Ruy Barbosa, quando dizia:

“De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver prosperar a desonra,
De tanto ver crescer a injustiça,
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
O homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

# será se já naquela época conhecia-se o ‘sistema?’

Tenho dito!