FERNANDO CALDEIRA - A Paraíba ficou menor!

Não no espaço físico, não na sua dimensão geográfica, mas no sentimento d’alma a Paraíba ficou menor mais uma vez com a morte do maestro Sivuca.
Expoente máximo da música paraibana, nordestina e portanto brasileira, Sivuca era daquelas figuras simples no fazer, humildes no agir, humanas no tratar, mas gigantes na arte de encantar.
Era ele o nosso “cabelo de milho” conhecido e reconhecido seja em Itabaiana, sua terra natal, seja em Tóquio, no Japão, seja em Londres, na Inglaterra, seja em São Paulo, em Cajazeiras, fosse onde fosse, Sivuca era Sivuca; Sivuca era arte em forma de música; Sivuca era o orgulho contemporâneo da Paraíba; Sivuca era a própria Paraíba e os paraibanos todos. Ele era a síntese musical de nossa cultura literária, gastronômica, educacional, social...; Sivuca era, enfim, a alma paraibana.
Com sua morte ficam, ao mesmo tempo, as saudades e as lembranças. Saudades dos acordes de sua sanfona, lembranças das inúmeras músicas do cancioneiro popular.
Não há como não reconhecer: a Paraíba ficou menor!
Ficou menor com a ausência de Sivuca, como ficou menor com a morte de Epitácio Pessoa, com o falecimento de Assis Chateaubriant, com o passamento de um Augusto dos Anjos, com a despedida súbita de João Pessoa, e tanto outros próceres de nossa terra e nossa gente.
Como conterrâneos e admiradores, ao mesmo tempo, compete a todos nós mantermos viva a lembrança da arte do maestro e mestre Sivuca.
Para isso, nada melhor do que torná-lo presença constante em nossas vidas cotidianas.
Daí porque tomo a liberdade em sugerir ao Governador Cássio Cunha Lima (PSDB), seu amigo e também admirador, que dê ao Centro de Convenções que o governo do Estado edificará em João Pessoa o nome de Sivuca.
Nada poderá ser mais justo e merecido! Afinal, teremos assim a beleza arquitetônica da edificação moderna unida à beleza musical do grande músico, maestro, arranjador e compositor paraibano.
Centro de Convenções Sivuca, onde arte, beleza e poesia se misturam!

VIVA SIVUCA!!!