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12.12.2006

FERNANDO CALDEIRA - Chega de hipocrisia!

Há muito tempo que ouço que os ‘defensores da natureza’ lutam e emperram a construção de hotéis com mais de três andares, salvo engano, na orla marítima de João Pessoa.

Também há muito tempo escuto que, por conta desse diferencial arquitetônico em relação a outras capitais, João Pessoa tem se destacado em relação às demais.

Mas, por favor me respondam: se destacado em que? Na altura de seus edifícios a beira mar? Que grande vantagem!

Ora, o que vemos no dia-a-dia é bem diferente do que apregoam meia-dúzia de ditos ‘ecologistas’, que insistem em fazer zoada, e nisso eles são bons, contra a construção de edifícios-hotéis. Alegações: 1ª) a proliferação dos mesmos levaria à formação de uma barreira contra a circulação de ar (vento) no sentido alto-mar / cidade; 2ª) esses hotéis levariam os dejetos humanos para o mar, poluindo nossas praias.

Quero dizer, meus amigos, que nenhuma das duas justificativas, na minha modestíssima opinião, corroboram essas preocupações, que aliás considero justíssimas. Por que? Simplesmente por que, em pleno ano 2006, século XXI, não mais se justifica jogar os dejetos humanos no mar, principalmente numa cidade como a nossa, onde o Governo do Estado, através do Programa Boa Nova, está elevando a cobertura de saneamento básico para algo em torno de 85 a 90%. Ora, é ligar os esgotos desses hotéis na rede de esgoto da Cagepa, que levará os dejetos para uma estação de tratamento, e a questão está resolvida.

Quanto ao paredão que se formaria com a construção de vários hotéis a beira-mar, isso igualmente não é verdade. E não é verdade, porque basta que a nossa Câmara de Vereadores elabore e aprove uma legislação ambiental que determine um espaçamento mínimo entre um edifício e outro de, por exemplo, 150 metros. Pronto, as duas questões levantadas pelos ‘ecologistas’ ou ‘defensores da natureza’ estarão totalmente resolvidas.

Não há, portanto, justificativas plausíveis para que João Pessoa continue parada no tempo em termos de desenvolvimento turístico, enquanto Salvador, Maceió, Aracajú, Recife, Natal, Fortaleza e São Luiz entre outras capitais andam a passos largos no desenvolvimento do turismo!

É preciso que botemos em nossas cabeças que ninguém, em sã consciência, vai sair de sua casa em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Madri, Lisboa, Paris, Moscou, Berlim, ou qualquer outra grande cidade que seja, para ficar hospedado a três ou quatro quadras distante do mar, enquanto nas demais capitais nordestinas eles se hospedam para abrir a janela de seus apartamentos e darem de cara com o oceano Atlântico, com a Lua, com as pessoas passeando pelas calçadas, etc. Tá na hora de se acabar com essa hipocrisia! Enquanto ela perdurar em nossas vidas, João Pessoa e a Paraíba serão sempre menores que as demais capitais e os demais Estados, pelo menos em termos de turismo.

Por falar nisso, quero parabenizar o Tribunal de Justiça da Paraíba que, por maioria de votos, rejeitou os embargos de declaração impetrados pela prefeitura de João Pessoa contra a construção de um hotel no loteamento Coqueiral, na avenida Cabo Branco. O empreendimento tem licenças e alvarás exigidos pela administração pública, contratou mão-de-obra paraibana para a construção e está adquirindo materiais de construção também na Paraíba. O que mais a Prefeitura quer? Aliás, deveria ser ela a primeira interessada no desenvolvimento do turismo na cidade.
Mas, desse jeito?

S O L T A S


... preparem-se: entre janeiro e fevereiro estréia no Brasil o filme norte-americano TURISTAS, que aliás estreou dia 1º lá no states. O trailer do filme começa com a seguinte frase: “Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer.” Agora imaginem a que país o filme se refere?

... parece brincadeira, mas as informações são de que a CPI não conseguirá esclarecer a origem daquele dinheiro (1 milhão e 700 mil reais) achado com alguns petistas num hotel de São Paulo para a compra do tal dossiê contra Serra e Alkmin. O dinheiro não é de ninguém! “E eu não estou nem aqui!”

... e lá vem outra seca, e lá vem outro ministro, e lá vem outra reunião, e lá vêm os recursos de sempre, para os carros pipa de sempre, sempre para a mesma gente, sempre para o mesmo lugar, sempre no mesmo tempo. E ninguém nunca resolve nada. Sempre!

“NÃO É DO ACÚMULO DE RIQUEZAS QUE NASCE A VIRTUDE, MAS DO APERFEIÇOAMENTO DA ALMA É QUE NASCEM AS RIQUEZAS E TUDO O QUE MAIS IMPORTA AO HOMEM.” (Sócrates)

Tenho dito!

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