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10.25.2006

Nota comprova que PMCG pagou serviços de empresa ‘falida’ durante campanha.



Não foi apenas a coligação Paraíba de Futuro, encabeçada pelo PMDB, que se valeu dos serviços da Flexplast Indústria e Comércio Ltda, considerada impedida de fazer negócios por decisão judicial que reconheceu falência da firma, conforme decisão do juiz Bartolomeu Correia Lima Filho, da 6ª Vara Cível. A prefeitura de Campina Grande também contratou e pagou pelos serviços da empresa, de propriedade do empresário Eraldo Pereira Vasconcelos, o “Eraldo Boa Noite”, condenado e preso recentemente por corrupção ativa.

É o que revela nota de empenho nº 0036682, emitida em favor da firma no valor de R$ 4.174,35, e paga no dia 2 de agosto deste ano, em pleno período de campanha. O documento esquenta as investigações de CPI recém-criada na Câmara Municipal de Campina Grande, denominada Operação Esmeril (porque come que vem pela frente), Lavanderia Boa Noite, que pretende apurar a suposta existência de contratos fraudulentos entre a prefeitura de Campina Grande e as empresas do empresário Eraldo ‘Boa noite’.

O assunto é tema principal também de ação de investigação judicial eleitoral, de autoria do Partido Republicano Progressista, que corre no Tribunal Regional Eleitoral. O PRP acusa o PMDB de fazer contratos com a Flexplast para confecção de material de campanha dos candidatos majoritários da coligação Paraíba de Futuro, os senadores José Maranhão e Ney Suassuna, e ainda do deputado federal eleito, Vital do Rego Filho, irmão do prefeito Veneziano Vital do Rego.

O CNPJ da empresa é o mesmo que aparece inscrito em bandeiras e adesivos de Maranhão, Ney e Vital. De acordo com com Código Civil, empresas com falência decretada estão impedidas de fechar contratos comerciais. Na ação, o PRP lista ainda contratos no valor total de R$ 4 milhões com diversas outras empresas ligadas a Eraldo Pereira Vasconcelos.

Vereadores da oposição que investigam o caso suspeitam de que as empresas de Eraldo servem para justificar despesas da prefeitura usadas na campanha. “Já era voz corrente em Campina Grande essas relações incestuosas entre o empresário Eraldo Peireira e a família Vital e as investigações vão nos dar um aprofundamento maior sobre todo essa história”, declarou o vereador Paulo de Tarso, um dos que subscreveram a criação da CPI da improbidade administrativa.

Tarso sugere que, após instalação da CPI, a comissão convoque Ana Loureiro, chefe da coordenação de licitação da prefeitura, ex-assessora do senador José Maranhão, para que ela explique a natureza de todos esses contratos. “Ora, uma empresa falida, todo mundo sabe, não pode apresentrar atestado para ser contratada por serviços públicos”, destacou Tarso. Segundo ele, há uma farta documentação sobre o tema e precisa ser tudo bem apurado.

Informações dão conta de que o prefeito Veneziano Vital do Rego já prepara o afastamento de Alexandre Almeida, secretário de Obras, “Xuxa” Elias, coordenador de eventos da prefeitura e ainda de Salomão Menezes, diretor-financeiro da STTP., a fim de amenizar as denúncias. Todos ex-coordenadores de campanha de Veneziano em 2004.

Fonte: Clickpb

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