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10.07.2006

FERNANDO CALDEIRA - NEY E O PMDB.

Não votei no senador Ney Suassuna (PMDB) e, por isso mesmo, acho que tenho isenção suficiente para afirmar o que se segue.
Há um velho ditado popular que diz “rei morto, rei posto”, considerando sem valor aqueles que não mais podem.
É exatamente assim como o PMDB da Paraíba trata hoje o seu ontem amigo, aliado, correligionário, ‘trem pagador’, e tantas outras adjetivações, chamado Ney Suassuna!
Quem ontem servia como pilar de sustentação do partido, como seu líder no Senado, e da campanha eleitoral em disputa, como Ney, agora é ‘res’ política.
E vejam que o senador peemedebista, mesmo contra toda a onda midiática o atacando, e contra as traições de seus próprios aliados, como ele mesmo disse, foi batido nas urnas por diferença bem abaixo do que previam todos os institutos de pesquisa. Ney mostrou que é, de verdade, um trator. Não o ‘trator’ que diziam Maranhão, Vital e Veneziano, da boca para fora. Mas o trator que, apesar das traições, das decepções, das covardias, a tudo absorve e segue em frente na busca do seu ideal.
De há tempos venho observando atentamente o senador Suassuna, e notando que apesar de todo seu trabalho, lhe faltava solidariedade partidária. Solidariedade verdadeira, solidariedade de coração, solidariedade da alma, solidariedade que não fosse da boca pra fora.
Ao invés disso, o que o PMDB paraibano deu a Ney Suassuna foi o enorme constrangimento de ter que estar ausente do palanque no momento da vinda de Lula à Paraíba, como se fosse um leproso, um aidétido, um elemento periculosamente contagioso.
Mas não ficou só nisso: Paraíba adentro foram ‘achados’ os famosos santinhos onde se recomendavam o voto a Maranhão, ao deputado federal da área, ao deputado estadual da área, ao presidente Lula, e pronto. Voto para senador, nem se falava! Salve-se quem puder!
Foi assim que esse paraibano de Campina Grande foi tratado por seus ‘amigos de partido’. Não todos, é verdade, mas por boa parte da cúpula partidária!
Por isso é que se entende quando, depois do ato final, resultado de todo esse aparato contra, o sr. Ney Suassuna vai a público e afirma: “jamais imaginei que fosse traído, mais uma vez, pelo senador José Maranhão, que fez tudo para me derrotar”.
Por isso é que se entende quando o mesmo Ney lamenta a falta de correção de lideranças jovens do PMDB “que ajudei a surgir”. É a facada nas costas depois de servido o jantar!
Ney Suassuna merecia mais respeito do seu partido!


Soltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassoltassolt

# “enterraram um ex-prefeito e brotou um senador”. (anônimo);

# quem conhece garante: o projeto político do deputado eleito Flaviano Quinto Ribeiro Coutinho (PMDB) é a Prefeitura de Bayeux em 2008;

# a foto da reunião dos peemedebistas paraibanos com o presidente Lula, em Brasília, foi devidamente ‘cortada’ quando publicada no jornal Correio da Paraíba, para não aparecer nem Lúcia nem Wilson Braga!;

# por falar nisso, tem muita gente questionando se Braga vai mesmo se empenhar nesse 2º turno por Maranhão. Afinal, além de abandonado por Ricardo Coutinho, ajudar Maranhão significará dar o Senado a Roberto Cavalcanti!;

# o vereador Evangelista, do município de Cajazeiras, que votou no PMDB no 1º turno, já aderiu à candidatura tucana na terra do padre Rolim;

# e dizem que segunda-feira nova adesão naquela cidade será anunciada!


“Nenhuma má experiência é um fracasso completo, pois também pode ser usada como mau exemplo”. (P. Dickson)

Tenho dito!

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