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3.27.2007

LÉO: INDEFINIÇÃO E PREJUÍZO POLÍTICO.


Não é novidade para ninguém que, unidas, as oposições no município de Cajazeiras têm muito maiores chances de vitória. Sem essa união, entretanto, o grupo situacionista liderado pelo prefeito Carlos Antônio levará clara vantagem, como demonstraram eleições passadas.

Daí porque, se pretender mesmo ser candidato e com alguma chance de se tornar prefeito o médico Léo Abreu (PMDB) terá que costurar bem costurado seus apoios e compromissos futuros. Sim porque, em política, existem duas ‘moedas de troca’ fundamentais para que os compromissos sejam selados: dinheiro e apoio político.

O primeiro, por ser mercadoria escassa hoje em dia, e também por não ser a forma de fazer política do deputado estadual Jeová Campos (PT), está descartado. Portanto, resta apenas como ‘moeda de troca’ para Léo Abreu assegurar o apoio do parlamentar petista à sua candidatura de prefeito, o apoio político. Ou seja, se o pré-candidato peemedebista desejar contar com Jeová Campos em seus palanques terá que assumir, publica e expressamente, seu apoio à sua reeleição como deputado estadual em 2010! É mais ou menos como aquela história de ‘uma mão lava a outra’, lembram?

E por que estou dizendo isso?

Porque nos últimos dias os acontecimentos políticos em Cajazeiras têm deixado no ar perspectivas que até então não existiam e, portanto, não criavam incertezas.

Um exemplo claro disso foi a demonstração de proximidade explícita entre Léo Abreu e o grupo Tavares, no encontro regional do PTB. Não que isso seja um pecado capital, até porque o PTB é da base aliada do Presidente Lula (PT), do partido de Jeová, e ao mesmo tempo oposição a Carlos Antônio no município. Contudo, há uma liderança política oposicionista com mandato hoje em Cajazeiras, que é Jeová Campos, e ela deve ser levada em consideração em todos os momentos e aspectos. Afinal, como detentor de mandato, é Jeová quem puxa o cordão da oposição no município!

Ora, o grupo Tavares tem o jovem Diego como pré-candidato a deputado estadual, o que se choca com as pretensões do parlamentar petista. É possível se acomodar os interesses conflitantes? Claro que sim. Mas é preciso que as coisas sejam postas às claras.

Ora, eleito prefeito de Cajazeiras, quem garante que o médico Léo Abreu não abandona tudo que havia sido acertado para apoiar seu pai, Antônio Vituriano, como candidato a deputado estadual? É possível superar-se isso? Claro que sim. Mas é preciso que as coisas sejam postas às claras.

São essas incertezas ou indefinições que, a meu ver, podem trazer sérios prejuízos político-eleitorais à candidatura de Léo Abreu que, se desejar continuar como candidato das oposições unidas, terá que assumir compromissos públicos e expressos com o PT. Caso contrário, vai ter contra si não só o Governo do Estado, ligado ao prefeito, mas o Governo Federal, petista de carteirinha!

S O L T A S

... Advogado militante, professor universitário e atual diretor de Centro de Ciências Jurídicas da UFCG em Sousa, Joaquim Alencar é o entrevistado deste domingo do programa TREM DAS ONZE, pela Rádio Alto Piranhas. Ele é candidato a Desembargador pelo quinto constitucional na vaga da OAB/PB.

... Não será desta vez que o presidente da Câmara de Vereadores de Cajazeiras, Marcos Barros (sem partido), assumirá a prefeitura. Afinal, o prefeito Carlos Antônio confirmou que vai sim viajar à China, mas Walter Cartaxo, o vice, fica para assumir seu lugar por 15 dias.

... O deputado estadual Jeová Campos (PT), disse em entrevista na capital paraibana que é favorável à emancipação política do distrito de Engenheiro Ávidos (Boqueirão de Piranhas), e que vai discutir com aquela sociedade essa questão.

... A propósito, o parlamentar petista fez aprovar na Assembléia Legislativa um requerimento de sua autoria solicitando ao Governo do Estado o asfaltamento da estrada que liga Boqueirão à Br-230.

Tenho dito!

2 Comentários:

  • Caro Fernando Caldeira,

    Boa noite!

    É com imenso prazer que volto a escrever ao nobre jornalista. Lendo um dos tópicos inseridos em sua Coluna do semanário Gazeta do Alto Piranhas, achei por demais interessante o seu questionamento acerca do fato de Cajazeiras ser um município onde o processo de irrigação é incipiente. Suas colocações nos levam a refletir sobre a questão, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda. Afinal de contas, sabemos que o setor primário, no interior, se bem trabalhado conseguirá absorver uma boa quantidade de mão-de-obra e remunerá-la de forma justa.

    Com relação à deficiência de Cajazeiras nesse segmento, acredito que os motivos sejam:

    • Falta de gerenciamento hídrico que garanta a utilização da água em culturas irrigáveis;

    • Sistemas de irrigação inapropriados para o desenvolvimento da atividade. Ou seja, os mesmos não são condizentes para que se obtenha uma produtividade compatível com os custos de produção;

    • Desinteresse pelo homem do campo em função das dificuldades encontradas “além porteira”. Infelizmente, por falta de uma política agrária que garanta preço justo, os produtores rurais são vítimas de pessoas de má fé;

    • Deficiência na oferta de assistência técnica apropriada e compatível com as necessidades do homem do campo e das culturas por ele desenvolvidas;

    • Falta de estudo de mercado que possa indicar quais os produtos e épocas apropriadas para o desenvolvimento de determinadas culturas, inclusive com produção em escala.

    Eu, particularmente, lamento a inexpressiva participação do município de Cajazeiras no setor produtivo ligado a alimentos. Todos sabemos que a humanidade clama por comida, no entanto, cruzamos os braços diante dessa realidade.

    Por sinal, diante de uma circunstância dessa natureza, faço a seguinte indagação, em se tratando de Cajazeiras e outros municípios do Sertão Paraibano: Será que a transposição do Rio São Francisco irá gerar alguma riqueza para o nosso povo?

    Aceite meus cumprimentos,

    Antônio Everardo de Paula Magalhães
    Rua Anísio Ferreira Aguiar, 53 – Bairro dos Estados
    João Pessoa – PB
    Telefone: 8833.2626

    P.S.: Ex-morador de Cajazeiras, apaixonado pela Terra do Padre Rolim e por seu povo.

    Obs.: O espaço talvez não seja o apropriado, no entanto, como não localizei o ideal, acabei utilizando este aqui. Desculpe.

    Por Blogger Unknown, Às 8:45 PM  

  • Caldeira,

    Não acredito nessa cisão. As cartas do jogo político cajazeirense ainda não foram postas na mesa em sua totalidade. Há uma indefinição dos dois lados. Nem o prefeito tem um candidato para sua sucessão, nem a oposição definiu qual é a sua. E acho que assim irá permanecer.

    Acredito que se a oposição já estivesse com a chapa definida estaria mais sujeita a bombadeios por parte da situação.

    Por isso creio que a briga pela prefeitura municipal sequer começou. Próximo ano é que as coisas realmente irão esquentar.

    Forte abraço

    Patrick Gleber
    www.blogdopatrick.br21.com

    Por Blogger Patrick Gleber, Às 9:39 AM  

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