­

1.09.2007

FERNANDO CALDEIRA - Pra não dizer que não falei.

Sob o argumento de que a partir deste ano o comprometimento da receita do Estado com o pagamento da dívida com a União passa de 13 para 20%, o governador Cássio baixou decretos reduzindo o tamanho da máquina administrativa.

Segundo o próprio governo, essas medidas vão reduzir em 5% o tamanho da folha de pessoal e, espera-se, a implantação do turno único em todo serviço público deva trazer uma economia de 10%, na avaliação do secretário executivo de administração.

Até mesmo a corriqueira e tradicional ‘ajuda’ para realização de eventos tipo carnaval e festas juninas nos municípios foi completamente abolida por decreto.

Bom, não dá para não dizer que se tratam de medidas antipáticas, principalmente quando editadas após uma eleição. Porém, também não dá para deixar de reconhecer a necessidade de implantá-las, sob pena de se inviabilizar financeiramente o Estado.

Afinal de contas, o Estado não se restringe apenas ao pagamento do funcionalismo e funcionamento da máquina. O Estado existe para prover a todos de segurança, educação e saúde públicas, principalmente, e de boa qualidade.

Bem, mas o fato é que identificou-se a necessidade de aliviar o peso da máquina e isso foi feito, embora sob o ranger de dentes e as lágrimas de muitos.

Entretanto, meus amigos, é preciso que se diga, que se o governo busca economia em suas finanças e/ou aporte de novos recursos ao tesouro estadual, outras medidas poderiam e deveriam ser efetivadas.

Temos, por exemplo, na Paraíba, um Estado que ‘administra’ aproximadamente uma dezena de hotéis espalhados pelo sertão, cariri, curimataú e outras regiões mais e que, ao que tenho notícias, não rendem absolutamente nada em termos financeiros. Pelo contrário, de vez em sempre é preciso o tesouro estadual acudir na manutenção desses hotéis estatais. Pergunta-se: é missão precípua do Estado administrar hotéis?

Não que se deseje o fim, o aniquilamento dos mesmos, em absoluto. Apenas entendemos que, nas mãos da iniciativa privada, esses produtos turísticos seriam muito melhor aproveitados, e dariam muito melhor resultados. Além, claro, de não mais precisarem lançar mão do dinheiro público para subsistirem. Pergunta-se: por que, até hoje, nenhum governador tomou essa decisão?

Mas não é só. Na Paraíba o Governo do Estado ainda ‘administra’ uma gráfica/jornal (A União) e uma rádio (Tabajara). Sinceramente, administrar veículos de comunicação, por melhores e mais eficientes que sejam, é função do Estado? Onde mais existe uma coisa dessas?

Igualmente aos hotéis a que me referi há pouco, A União e a Tabajara não são empresas, ao que estou informado, superavitárias, ou seja, que se sustentam por si sós. Tanto quanto aqueles, estas necessitam, quando em sempre, de uma “ajudinha” do erário público.

Pois bem, se é para reduzir o tamanho e o peso do Estado; se é para prestar melhores serviços de segurança, educação e saúde à população; se é para adequar a Paraíba a uma administração moderna e ágil, como os tempos exigem, reconheço, então que se fixe o olhar governamental no que o Estado constitucionalmente precisa prover à população, e se passe à iniciativa privada o que é de sua competência, como hotelaria e comunicações, etc.

Todos ganham, principalmente o Estado!


S O L T A S

... o médico Epitácio Leite Rolim (PC do B) telefonou ao advogado Chico Araújo, recém exonerado do cargo de Sec. Exec. de Educação da Paraíba, convidando-o a retomar sua militância política em Cajazeiras;

... a propósito, Chico Araújo está decidido a voltar ao sertão e retomar suas atividades de advogado e professor universitário;

... o nome do empresário Deca (Grupo Rio do Peixe) volta a ser insistentemente comentado como fortíssimo para a disputa majoritária de 2008 em Cajazeiras e, igualmente, para a disputa majoritária de 2010;

Tenho dito!

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial