FERNANDO CALDEIRA - Autarquia? Ministério? Receita e determinação!
Na última terça-feira, dia 28, pelo voto favorável de 368 deputados federais foi aprovado um projeto de lei que recria a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE. Na próxima quarta-feira, os parlamentares brasileiros voltam ao tema apenas para votar alguns destaques sobre a matéria. Após o que, já tendo sido aprovada no Senado Federal, vai à sanção do Presidente Lula, que certamente a sancionará.
Não resta dúvidas de que é uma notícia alvissareira para uma região, como o Nordeste, que realmente precisa de tratamento diferenciado! Mas é preciso que não esqueçamos que já houve tempo em que, mesmo com a Sudene em funcionamento, nada ou quase nada se fazia, a não ser roubá-la.
A corrupção que nela gracejava serviu de mote para sua extinção em 2001, num erro histórico do governo FHC, que deveria por fim à corrupção, e não à Sudene!
Mas, o fato é que criada em 1959, no governo JK, sob inspiração do paraibano Celso Furtado, seu primeiro superintendente, a Sudene teve papel fundamental no avanço industrial desta região até um determinado momento. Depois disso, serviu apenas para deleite de uma casta privilegiada de empresários e políticos.
Agora, com sua recriação, é preciso tirar lições do passado para não errar novamente. O Nordeste não pode mais esperar!
Se continuará sendo autarquia, como sempre foi, ou se passará à condição de Ministério do Nordeste como querem os Bispos nordestinos reunidos recentemente em Campina Grande, só o tempo dirá. Mas fundamental mesmo, na minha concepção, é que a Sudene ou o Ministério do Nordeste tenham duas coisas imprescindíveis: receita e determinação. Sem verbas, não há Sudene ou Ministério que possa contribuir para o desenvolvimento nordestino; e sem determinação dos que o fizerem, nem mesmo com dinheiro se conseguirá ir muito longe. Somente disponibilização financeira e vontade é que farão desse novo órgão voltado para as questões nordestinas uma pilastra sobre a qual se erguerá um novo tempo nesta região.
Como diria o pernambucano Josué de Castro em seu livro “Sete Palmos de Terra e um Caixão”, escrito no início de 1960, “o Nordeste é uma terra de sofrimento; terra e homem martirizados há séculos por uma espécie de complô de forças adversas: forças naturais e forças culturais.”
Pois bem, que a nova Sudene ou o futuro Ministério do Nordeste, surjam para pelo menos por fim ao ‘complô das forças culturais’ como falava o grande pernambucano, para que possamos ao menos conviver dignamente com os efeitos do ‘complô da forças naturais.’
O Nordeste é viável sim.
A nova Sudene ou o seu Ministério, com gente capacitada, determinada e com receita, aliados à políticas sérias de educação e saúde, certamente comprovarão a assertiva da frase que todos sabemos verdadeira!
SOLTAS
... o senador Cícero Lucena (PSDB) precisa criar identidade própria sem se distanciar da liderança do Governador. A exemplo de Efraim Morais (PFL).
... a vereadora Nadja Palitot (PSB) tem total razão de buscar na justiça uma ação contra o ‘loteamento’ das praias no reveillon que, em suma, significa utilização do alheio para benefício próprio, por parte dos barraqueiros, e ocupação indevida de área de marinha.
... o empresário José Gonzaga Sobrinho (Deca) poderá ser candidato a deputado federal em 2010 pela região de Cajazeiras.
... o deputado estadual José Aldemir (PFL) está todo animado depois de conversa ontem com o Gov. Cássio. Só não revelou por que?
... começa a surgir em Cajazeiras um novo grupo político, denominado de terceira força, que já agrega o ex-deputado federal Edme Tavares, seu irmão Reginaldo Tavares, e seu sobrinho Diego Tavares, além dos vereadores Evangelista e Carlos Rafael, entre outros.
“O OPOSTO DO AMOR NÃO É O ÓDIO, MAS A INDIFERENÇA.” (Érico Veríssimo)
Tenho dito!
Não resta dúvidas de que é uma notícia alvissareira para uma região, como o Nordeste, que realmente precisa de tratamento diferenciado! Mas é preciso que não esqueçamos que já houve tempo em que, mesmo com a Sudene em funcionamento, nada ou quase nada se fazia, a não ser roubá-la.
A corrupção que nela gracejava serviu de mote para sua extinção em 2001, num erro histórico do governo FHC, que deveria por fim à corrupção, e não à Sudene!
Mas, o fato é que criada em 1959, no governo JK, sob inspiração do paraibano Celso Furtado, seu primeiro superintendente, a Sudene teve papel fundamental no avanço industrial desta região até um determinado momento. Depois disso, serviu apenas para deleite de uma casta privilegiada de empresários e políticos.
Agora, com sua recriação, é preciso tirar lições do passado para não errar novamente. O Nordeste não pode mais esperar!
Se continuará sendo autarquia, como sempre foi, ou se passará à condição de Ministério do Nordeste como querem os Bispos nordestinos reunidos recentemente em Campina Grande, só o tempo dirá. Mas fundamental mesmo, na minha concepção, é que a Sudene ou o Ministério do Nordeste tenham duas coisas imprescindíveis: receita e determinação. Sem verbas, não há Sudene ou Ministério que possa contribuir para o desenvolvimento nordestino; e sem determinação dos que o fizerem, nem mesmo com dinheiro se conseguirá ir muito longe. Somente disponibilização financeira e vontade é que farão desse novo órgão voltado para as questões nordestinas uma pilastra sobre a qual se erguerá um novo tempo nesta região.
Como diria o pernambucano Josué de Castro em seu livro “Sete Palmos de Terra e um Caixão”, escrito no início de 1960, “o Nordeste é uma terra de sofrimento; terra e homem martirizados há séculos por uma espécie de complô de forças adversas: forças naturais e forças culturais.”
Pois bem, que a nova Sudene ou o futuro Ministério do Nordeste, surjam para pelo menos por fim ao ‘complô das forças culturais’ como falava o grande pernambucano, para que possamos ao menos conviver dignamente com os efeitos do ‘complô da forças naturais.’
O Nordeste é viável sim.
A nova Sudene ou o seu Ministério, com gente capacitada, determinada e com receita, aliados à políticas sérias de educação e saúde, certamente comprovarão a assertiva da frase que todos sabemos verdadeira!
SOLTAS
... o senador Cícero Lucena (PSDB) precisa criar identidade própria sem se distanciar da liderança do Governador. A exemplo de Efraim Morais (PFL).
... a vereadora Nadja Palitot (PSB) tem total razão de buscar na justiça uma ação contra o ‘loteamento’ das praias no reveillon que, em suma, significa utilização do alheio para benefício próprio, por parte dos barraqueiros, e ocupação indevida de área de marinha.
... o empresário José Gonzaga Sobrinho (Deca) poderá ser candidato a deputado federal em 2010 pela região de Cajazeiras.
... o deputado estadual José Aldemir (PFL) está todo animado depois de conversa ontem com o Gov. Cássio. Só não revelou por que?
... começa a surgir em Cajazeiras um novo grupo político, denominado de terceira força, que já agrega o ex-deputado federal Edme Tavares, seu irmão Reginaldo Tavares, e seu sobrinho Diego Tavares, além dos vereadores Evangelista e Carlos Rafael, entre outros.
“O OPOSTO DO AMOR NÃO É O ÓDIO, MAS A INDIFERENÇA.” (Érico Veríssimo)
Tenho dito!
1 Comentários:
Caldeira,
Concordo, foi um erro grotesco do governo FHC quando extingui a SUDENE por estar contaminada com a corrupção. Seria como se tivesse acometido de uma infecção no Brasil e ao invés de cuidá-la amputasse o braço.
Escrevi hoje sobre os "soldados da borracha" que foi matéria no NY Times.
www.blogdopatrick.blogspot.com
Por
Anônimo, Às
6:30 PM
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