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8.31.2006

FERNANDO CALDEIRA

O senador de Zé é Ney?

Lembro-me bem da musiquinha eleitoral do PMDB na campanha de 1998 que dizia: “o senador de Zé é Ney”, em referência aos candidatos Zé Maranhão (governador) e Ney Suassuna (senador).
Deu certo: Zé foi eleito e Ney também!
Passados oito anos daquela eleição, cabe hoje uma pergunta, ainda que a chapa Zé/Ney tenha sido legalmente homologada pela Convenção Estadual do PMDB este ano: o senador de Zé é Ney? E mais: o senador do PMDB é mesmo Ney?
Essas perguntas, longe de serem estranhas e fora do contexto político local, são atualíssimas e pertinentes. Principalmente se levarmos em consideração o que publica-se na imprensa. Segundo um portal de notícias, o senador Ney Suassuna teria dado uma entrevista a uma emissora de rádio de Guarabira e, em relação aos problemas vividos pela campanha do PMDB na Paraíba, dito o seguinte: “o grupo político de Cássio é mais unido que o PMDB.”
Ora, meus amigos, é um senador do PMDB em plena campanha de reeleição quem diz isso. Será que há alguma dúvida da oportunidade da pergunta se “o senador de Zé é Ney?”
Ainda na imprensa, li ontem no Wscom que o candidato a governador José Maranhão estaria levando aliados e o PMDB a se afastarem da candidatura de Ney Suassuna.
Será se não há oportunidade na pergunta se “o senador de Zé é Ney?”
O que se diz nos bastidores é que Maranhão, tanto quanto seu sobrinho Benjamin Maranhão, gostaria de ver o senador Ney Suassuna longe de seu palanque porque, no entendimento do marketing peemedebista, essas companhias estariam manchando a imagem de Zé, por terem seus nomes investigados na CPI das sanguessugas.
Na verdade, o que está se passando no PMDB paraibano é que ambos, Benjamin e Ney, estão servindo de bode expiatório de uma campanha que antes era vitoriosa, segundo as pesquisas e que, agora, segundo as mesmas pesquisas, não é mais.
Sem querer debitar essa virada nas pesquisas em favor do candidato tucano também ao trabalho do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), o que é inegável, os próceres do PMDB preferem culpar aliados seus que estejam sob investigação.
Mas a verdade está bem distante do que eles imaginam. Afinal de contas, sanguessuga por sanguessuga, a coligação “Por Amor à Paraíba” também tem as suas.
A mim me parece que falta ao candidato do PMDB um discurso convincente e firme, principalmente para quem governou a Paraíba por dois mandatos consecutivos.
Aliado a isso, não se pode negar que, de dois anos para cá, Cássio conseguiu imprimir novo ritmo na administração estadual, notadamente em termos de realização de obras e serviços.
Mas para quem não quer admitir que o adversário trabalhou, e por isso conquistou, Benjamin e Ney caem como uma luva para serem atirados aos leões!

Cheques.

A Fundação de Ação Comunitária (FAC), órgão do Governo do Estado, está sendo investigada pelo Procurador Eleitoral por fazer a entrega de cheques no valor de R$ 150,00 a famílias carentes da Paraíba, dentro do Programa de Combate à Pobreza, instituído em gestões passadas.
Há dois dias o Prefeito Ricardo Coutinho (PSB) fez a entrega de vários cheques de valores distintos a pessoas inscritas no Programa Empreender JP.
A pergunta que se faz é: a Prefeitura também será alvo de investigação?

Perguntar não ofende!

Axioma pode.
Brasmarket não pode?

Puxão de orelhas.

A vereadora Paula Frassinette levou um tremendo “puxão de orelhas” da sua colega Nadja Palitot, ambas do PSB, na sessão de ontem da Câmara Municipal de João Pessoa. É que Paula não apareceu para votar o veto do Prefeito Ricardo Coutinho ao projeto-de-lei de Nadja que institui o passe livre nos coletivos para portadores de doenças crônicas. Nadja cobrou coerência de sua colega.

Nos bastidores.

Comenta-se que a revista Isto É teria sido contratada por um determinado candidato para publicar no seu próximo número, no próximo final de semana, matéria contra o candidato a senador Cícero Lucena (PSDB).
Dizem que se isso acontecer e for usado politiqueiramente por veículos de comunicação da Paraíba, os tucanos poderão responder fazendo publicar e expondo no guia eleitoral os contra-cheques de famosos jornalistas e esposas destes, “contratados” pelos gabinetes de dois senadores paraibanos. É GENTE GRAÚDA!!!


“TODOS NÓS ESTAMOS REPLETOS DE TALENTO REPRESADO. O QUE CONTA É LIBERAR ESSE TALENTO.” (Eric Hoffer).

Tenho dito!

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