HOSPITAL REGIONAL.

Lembro-me do prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio (PFL), ainda na sua primeira administração, anunciando que em pouco tempo daria solução para os graves problemas de funcionamento do Hospital Regional de Cajazeiras – HRC.
Agora, passados alguns anos daquela promessa, o hospital continua com os mesmos velhos e graves problemas tantas vezes debatidos. Que houve? Por que o prefeito não cumpriu a promessa feita publicamente?
É bem verdade que Carlos Antônio não é dono do HRC, nem mesmo seu gerenciador financeiro, atributos pertencentes ao Estado e, nessa condição, não tem a responsabilidade maior para o seu gerenciamento correto.
Entretanto, como prefeito aliado ao governo e acima de tudo na condição de médico, penso que já era tempo de termos pelo menos melhorado o atendimento naquela casa de saúde.
Tanto mais quando se tem como parceiro e aliado um deputado governista e também médico, como é o caso de José Aldemir (PFL).
Mas, enfim, nada disso foi capaz de colocar o velho HRC nos trilhos.
Agora, com a oposição vigilante, fiscalizadora e cobradora do deputado Jeová Campos (PT), os problemas do hospital voltam a ser pauta nas discussões políticas da cidade e fora dela.
Certamente os acomodados não quisessem isso. Talvez preferissem o silêncio cúmplice do atendimento precário que sempre se prestou no HRC. Mas, quem sabe justamente por esse atendimento capenga que lá se presta, é que Jeová tenha sido o deputado mais votado de Cajazeiras: para cobrar das lideranças governistas mais trabalho, mais dedicação, mais empenho nessa causa.
Em outras palavras, a população não suporta mais explicações que podem explicar, mas não justificam. Afinal, são anos a fio de funcionamento precário que, em verdade, serve mais à ganância de votos de alguns políticos locais do que propriamente ao povo.
Mas se já não bastassem esses eternos problemas do HRC, Cajazeiras, ao que vejo, pode ficar literalmente no limbo da saúde pública na Paraíba. Por que?
Porque em declarações à imprensa o secretário estadual de saúde, Geraldo Almeida, disse textualmente o seguinte: “Os hospitais de Campina Grande, Patos e Sousa, passarão a ter configuração especial e passarão a seguir padrão existente no Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Esses hospitais receberão melhoramentos do Governo do Estado e serão transformados em padrão de excelência em trauma, de modo a disponibilizar serviços de qualidade à população nas áreas de urgência e emergência. Estaremos colocando um hospital de referência em emergência e urgência em cada macrorregião do Estado.”
Está claro, portanto, que Cajazeiras não será macrorregião de saúde e, assim, não terá uma saúde referência como querem fazer-nos crer alguns de nossos representantes.
Essa é a verdade dos fatos. Tudo o mais é o famoso blá, blá, blá ou lero-lero daqueles políticos, de todos conhecidos, que sempre fizeram a política do assistencialismo, que escraviza, e não a do desenvolvimento, que liberta.
Pense nisso!

S O L T A S

... Por que é que sempre que alguém é empregado no Governo do Estado foi o prefeito ou o deputado que conseguiu, e quando alguém é demitido foi o governador que demitiu? Por que?

... Aumentou consideravelmente a venda de Água Rabelo nas farmácias de Cajazeiras em virtude do carnaval. São os políticos fazendo gargarejo para deixar a garganta em dia, a fim de estarem afiados para as entrevistas de rádio onde dizem o que nunca fizeram e prometem o que nunca cumprem!

... HRC, aeroporto, estrada de Boqueirão, asfaltamento da Via Norte, açude Almas, indústria de beneficiamento de pescado, montadora de motocicletas, despoluição do Açude Grande, instalação do SAMU, ... ; minha nossa, quanta promessa vã!

... Por muito menos do que acontece no HRC fecharam o Hospital Albert Sabin, de Vituriano.

... Palavra de um cajazeirense: “Com Chico Rolim na prefeitura e Edme Tavares como deputado, Cajazeiras era feliz e não sabia!”

Tenho dito!