FERNANDO CALDEIRA - O ano 2007 promete!

A se considerar os últimos acontecimentos na política cajazeirense em 2006, pode-se afirmar, com máxima convicção, que 2007 promete!

Afinal de contas, o ano novo começa com “mudanças” no secretariado do prefeito Carlos Antônio (PFL). Foi o próprio quem anunciou, depois de vários adiamentos, que na próxima terça-feira (02), anuncia as “mudanças” no seu quadro de auxiliares.

E, óbvio, mudanças logo no início do ano, geram notícias logo no início do ano, e movimentam o cenário político. Mesmo que, diferente do que muita gente pensa, essas “mudanças” sejam bem menores do que o esperado, apontam para mudanças, essas sim possivelmente verdadeiras, no comportamento do chefe do executivo em relação à sua sucessão em 2008.

Explico: as “mudanças” no secretariado, em verdade, segundo se especula, não devem ser tratadas no plural, uma vez que é apenas uma. Isso mesmo, as “mudanças” na verdade, não são mudanças, é mudança! Significa que, depois de muito vai e vem, muito chove não molha, a tal mudança no secretariado restringir-se-á, segundo se especula, repito, à substituição do atual Secretário de Saúde pelo médico Oscar Sobral. No mais, alguns remanejamentos, simplesmente. Nesse particular, lembrando a parábola, “a montanha pariu um rato.”

Entretanto, a importância maior do tema não está na mudança do Secretário de Saúde ou no remanejamento de pessoas na administração. Está no fato de que, conforme foi amplamente dito pelo prefeito Carlos, quem for confirmado neste “novo” secretariado, não será candidato a prefeito com o seu apoio!

Em sendo assim, e confirmando-se a aceitação do advogado Adjamilton Pereira para seu remanejamento à Procuradoria Geral do Município, ele terá deixado de lado o sonho tanto tempo acalentado de ser o sucessor de Carlos, por ele apoiado.

No mais, é desejar sorte e força ao competente médico Oscar Sobral, almejando que problemas crônicos nessa área, como o funcionamento do HRC, comecem a ser verdadeiramente solucionados.

Além dessa questão, o rompimento político de Chico Araújo com o sobrinho/prefeito Carlos Antônio, já bastante debatido, é outro tema acontecido no final deste 2006, e que deve continuar a repercutir agora em 2007. Afinal, não se trata de um rompimento somente. É o rompimento de um familiar próximo, talvez o maior responsável pelo surgimento da candidatura Carlos Antônio, lá no distante ano 2000. Por menor lastro eleitoral que Chico venha a ter, a importância de seu rompimento está não nos votos que possa não possuir, mas exatamente no distanciamento de alguém que até então muito representou na mediação de questões conflituosas da atual administração.

S O L T A S

... depois, só depois que o Ministério Público caiu em cima da questão do nepotismo, combatendo-o arduamente, é que os executivos, para não saírem por baixo, estão enviando aos respectivos poderes legislativos, projetos-de-lei propondo o fim da nomeação desmedida de parentes.

... o que era ilegal e vergonhoso, agora é legal, mas continua sendo vergonhoso. Trata-se das aposentadorias e pensões vitalícias de ex-governadores e viúvas.

... “Se tiver rompido, não posso fazer nada. Meu negócio é unir. A gente une e junta até quando pode. Se de repente não puder, paciência e trabalho. O povo de Cajazeiras não está querendo saber se tem racha na família. O povo quer saber se tem mais casa popular, mais calçamento, saúde pública, se trás mais indústrias. O povo não está preocupado que fulano está com raiva ou zangado.” (pref. Carlos Antônio)

A TODOS OS LEITORES DESTE ESPAÇO, MEU MAIS SINCERO VOTO DE UM FELIZ 2007!