FERNANDO CALDEIRA - Pesquisas que informam, formam e deformam!
Tenho me debatido há anos na imprensa paraibana com a questão seríssima das pesquisas políticas no nosso Estado. Afinal de contas, pesquisa eleitoral é coisa muito séria para ficar nas mãos de aventureiros, para dizer o menos.
Nas eleições de 2002, toda a Paraíba sabe, pesquisas que foram publicadas por um determinado sistema de comunicação simplesmente ficaram anos luz distantes da vontade popular revelada nas urnas. Para se ter uma idéia do absurdo, no dia da eleição o jornal daquele sistema publicou que o candidato do PMDB venceria o pleito por 200 mil votos. Resultado: o candidato do PSDB ganhou por 50 mil votos. Ou seja, entre a “verdade” do que publicou o jornal e a verdade verdadeira das urnas, houve uma diferença de 250 mil votos. Algo em torno de 10% do eleitorado paraibano. Nada aconteceu!
Atualmente, e também já me reportei a isso, novamente estamos a assistir o espetáculo deprimente de pesquisas eleitorais, para dizer quase nada, suspeitíssimas, porque realizadas por “institutos” que ninguém conhece nem nunca ouviu falar e que, comenta-se, funcionam de dois em dois anos quando acontecem eleições.
Numa mesma semana duas pesquisas apontam resultados diametralmente opostos em relação às disputas para o Governo do Estado e para o Senado Federal. Como pode duas pesquisas realizadas no mesmo eleitorado, tabuladas e publicadas num mesmo período, dar resultados tão díspares? Só há uma resposta: uma delas está errada. Se por culpa ou por dolo, só a justiça poderia dizer!
O que estamos vivendo, portanto, é o tempo das pesquisas que informam, formam e deformam.
A rigor, todas as pesquisas informam. Porém, nem todas formam. Também nem todas deformam.
Explico: quando um instituto “A” apresenta índices de preferência eleitoral para este ou aquele cargo eletivo, está passando à opinião pública uma informação. Se esses índices corresponderem a um trabalho sério e científico de coleta de dados e tabulação, certamente essa informação estará correta e, sendo verdadeira, portanto, estará formando opinião pública, no sentido de dotá-la de conhecimentos verdadeiros.
Se no entanto um instituto “B” apresenta índices de preferência eleitoral que não correspondem a um trabalho sério e científico de coleta de dados e tabulação, certamente essa informação estará incorreta e, sendo uma informação falsa, estará deformando a opinião pública, uma vez que está dotando-a de conhecimentos inverídicos.
E manipular dados eleitorais que são levados ao conhecimento público é crime eleitoral! E como tal, o responsável por eles deve ser punido na forma da norma jurídica.
O que o portal clickpb publicou nesta quinta-feira (24) sob o título “Axioma tem sede num apê. Que candidato você quer?, diz dono em vídeo”, é da maior gravidade, e vai ao âmago da questão com a qual há tantos anos me debato.
Li a notícia, assisti ao vídeo, ouvi o suposto dono do Axioma se oferecendo para “arranjar” o resultado, e fiquei a me perguntar: e aí o que vai acontecer? Será que desta vez, diferente do ocorrido em 2002, a Justiça Eleitoral vai se pronunciar?
É o mínimo que esperamos aconteça, para que não continuemos submissos aos interesses escusos, inconfessáveis e criminosos de quem não respeita a lei e quer fazer do povo massa de manobra!
Tenho dito.
Nas eleições de 2002, toda a Paraíba sabe, pesquisas que foram publicadas por um determinado sistema de comunicação simplesmente ficaram anos luz distantes da vontade popular revelada nas urnas. Para se ter uma idéia do absurdo, no dia da eleição o jornal daquele sistema publicou que o candidato do PMDB venceria o pleito por 200 mil votos. Resultado: o candidato do PSDB ganhou por 50 mil votos. Ou seja, entre a “verdade” do que publicou o jornal e a verdade verdadeira das urnas, houve uma diferença de 250 mil votos. Algo em torno de 10% do eleitorado paraibano. Nada aconteceu!
Atualmente, e também já me reportei a isso, novamente estamos a assistir o espetáculo deprimente de pesquisas eleitorais, para dizer quase nada, suspeitíssimas, porque realizadas por “institutos” que ninguém conhece nem nunca ouviu falar e que, comenta-se, funcionam de dois em dois anos quando acontecem eleições.
Numa mesma semana duas pesquisas apontam resultados diametralmente opostos em relação às disputas para o Governo do Estado e para o Senado Federal. Como pode duas pesquisas realizadas no mesmo eleitorado, tabuladas e publicadas num mesmo período, dar resultados tão díspares? Só há uma resposta: uma delas está errada. Se por culpa ou por dolo, só a justiça poderia dizer!
O que estamos vivendo, portanto, é o tempo das pesquisas que informam, formam e deformam.
A rigor, todas as pesquisas informam. Porém, nem todas formam. Também nem todas deformam.
Explico: quando um instituto “A” apresenta índices de preferência eleitoral para este ou aquele cargo eletivo, está passando à opinião pública uma informação. Se esses índices corresponderem a um trabalho sério e científico de coleta de dados e tabulação, certamente essa informação estará correta e, sendo verdadeira, portanto, estará formando opinião pública, no sentido de dotá-la de conhecimentos verdadeiros.
Se no entanto um instituto “B” apresenta índices de preferência eleitoral que não correspondem a um trabalho sério e científico de coleta de dados e tabulação, certamente essa informação estará incorreta e, sendo uma informação falsa, estará deformando a opinião pública, uma vez que está dotando-a de conhecimentos inverídicos.
E manipular dados eleitorais que são levados ao conhecimento público é crime eleitoral! E como tal, o responsável por eles deve ser punido na forma da norma jurídica.
O que o portal clickpb publicou nesta quinta-feira (24) sob o título “Axioma tem sede num apê. Que candidato você quer?, diz dono em vídeo”, é da maior gravidade, e vai ao âmago da questão com a qual há tantos anos me debato.
Li a notícia, assisti ao vídeo, ouvi o suposto dono do Axioma se oferecendo para “arranjar” o resultado, e fiquei a me perguntar: e aí o que vai acontecer? Será que desta vez, diferente do ocorrido em 2002, a Justiça Eleitoral vai se pronunciar?
É o mínimo que esperamos aconteça, para que não continuemos submissos aos interesses escusos, inconfessáveis e criminosos de quem não respeita a lei e quer fazer do povo massa de manobra!
Tenho dito.
1 Comentários:
Eita jornalista porreta! Parabéns pela matéria. Continue nos dando este prazer de uma boa leitura, com começo, meio e fim.
Uma admiradora
Por
Anônimo, Às
8:10 PM
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