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3.14.2007

UEPB JUSTA.

Noticiam os jornais que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vai instituir cotas no seu exame vestibular.

Mas, diferentemente das Universidades que têm cotas para negros, a UEPB vai destinar 50% de suas vagas para alunos egressos da escola pública. E, para mim, esse sistema será muito mais justo e solidário.

Afinal de contas, as universidades públicas existem, em tese, para todos os que nela se habilitam através do respectivo vestibular.

Porém, por serem públicas e gratuitas, ou seja, mantidas com os impostos que o povo paga, deveriam elas se destinar aos alunos egressos das escolas também públicas, que são os que não têm condições financeiras de pagar uma escola e uma universidade ou faculdade particular, que são os filhos do próprio povo.

Assim, tornar-se-á menos dramático o cenário hoje vivido na educação pública e gratuita brasileira de terceiro grau: os filhos dos ricos tomando praticamente todas as vagas nela existentes.

A decisão da UEPB é, portanto, a nosso ver, mais coerente com o espírito de justiça que se quer dar à instituição de cotas. Até porque, a histórica discriminação dos negros na vida brasileira se deu por, igualmente a tantos brancos, os negros estarem na escala econômico-social considerada de pobres.

Quer dizer, quando se institui cotas exclusivamente para negros, se está a discriminar brancos que se encontram na mesma condição econômica deles e, assim, praticamente impedidos de ingressarem na universidade pública.

Pela regra utilizada pela UEPB, amplia-se o leque de oportunidades não pela cor da pele, mas pela condição econômica, o que nos parece, repito, muito mais coerente.

Até porque os que têm ocupado as vagas que deveriam ser dos filhos do povo não estão lá porque são brancos, amarelos, vermelhos, ou porque deixam de ser negros. Estão lá porque são filhos de pais economicamente estáveis e, nessa condição, não precisam, como os filhos do povo, trabalhar para ajudar no sustento da família, e portanto se dedicam integralmente aos estudos chegando mais preparados no exame vestibular do que aqueles.

A instituição de cotas da UEPB, nestes termos, dá exemplo.

Tomara que faça escola!


S O L T A S

... Enquanto não decide se renuncia à Câmara Municipal para assumir a vaga de Carlos Batinga na Assembléia Legislativa, a vereadora Nadja Palitot (PSB) vai experimentando o gosto de ser a mulher mais pautada nas redações de jornais, rádios e TVs da Paraíba.

... Seja qual for a decisão da vereadora pessoense, quem sai vencedor é o prefeito Ricardo Coutinho. Afinal, se Nadja renunciar à Câmara, o prefeito aumenta sua bancada com a posse de Watteau Rodrigues; se ela não renunciar, o prefeito ganha Alexandre Urquiza como deputado.

... O deputado Ricardo Barbosa (PSDB), líder do governo na Assembléia, tem se mostrado hábil na condução de votações de interesse do executivo. Sua atuação cala os céticos que o tinham como meramente ‘explosivo.’

... Quem também dá mostras de total adaptação às coisas do parlamento é o deputado Jeová Campos (PT). Aliás, fazendo inveja a veteranos!

... Duas vezes o TRE/Pb cassou, por unanimidade, o prefeito de São José de Piranhas, Zezé de Né Gomes, e empossou Neto Lacerda como novo prefeito. Duas vezes o TSE, por liminar, desfez o que o TRE decidiu e fez voltar Zezé como prefeito. Pergunta: quando termina essa novela?

Tenho dito!

1 Comentários:

  • Fernando Caldeira,
    São José de Piranhas é terra de muro baixo e merece o prefeito que tem lá hoje, arrogante, prepotente,mal agradecido, etc.Apesar dele ter sido eleito na base da força com a ajuda do hoje vice-governador José Lacerda Neto. Portanto o povo de são José de Piranhas que votou nele é mais do que merecedor de ter Zezé de Né Gomes como prefeito.

    Por Anonymous Anônimo, Às 1:13 PM  

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